Cromoterapia

Disco Cromático

.1 Disco Cromático


O disco cromático não é um instrumento científico de classificação de cores, mas é muito útil no entendimento da teoria das cores. Geralmente usado para estudar as cores-pigmento, o disco cromático pode ser desenvolvido em qualquer material, lembrando-se que cores-luz e cores pigmentos sofrem alterações de acordo com sua própria essência.

Cores complementares:

Note no gráfico, que uma cor primária é sempre complementada pôr uma cor secundária. Esta é a cor que está em oposição a posição desta cor primária. Pôr exemplo, a cor complementar do vermelho é o verde. As cores complementares são usadas para dar força e equilíbrio a um trabalho criando contrastes.

Raramente se usa apenas cores complementares em um trabalho, o efeito pode ser desastroso, mas em alguns casos é extremamente interessante. Os pintores figurativos em geral usam as cores complementares apenas para acentuar as outras criando assim, equilíbrio no trabalho. Vale lembrar que as cores complementares são as que mais contrastes entre si oferecem, sendo assim, se queremos destacar um amarelo, devemos colocar junto dele um violeta.

Outra característica importante das cores complementares é que elas se neutralizam entre si. O que isso quer dizer? Que se quisermos tirar a “potência” de um amarelo, basta acrescentar-lhe certa quantidade de violeta até que neutralizando-o em um tom de cinza, até chegar ao preto.

Cores análogas:

São as que aparecem lado-a-lado no gráfico. São análogas porque há nelas uma mesma cor básica. Pôr exemplo o amarelo-ouro e o laranja-avermelhado tem em comum a cor laranja. As cores análogas, ou da mesma “família” de tons, são usadas para dar a sensação de uniformidade. Uma composição em cores análogas em geral é elegante, porém deve-se tomar o cuidado de não a deixar monótona.

Cores neutras:

Os cinzas e os marrons são consideradas as cores neutras, mas podem ser neutras também os tons de amarelos acinzentados, azuis e verdes acinzentados e os violetas amarronzados. A função das cores neutras é servir de complemento da cor aproximada, para dar-lhe profundidade, visto que as cores neutras em geral tem pouca reflexividade de luz.

1.2 Matiz, Tom, Saturação e Luminosidade

Matiz é a característica que diferencia uma cor da outra: é a cor em sua máxima intensidade, em resumo podemos afirmar que é a própria cor. É também a variação de tonalidade obtida pela mistura de duas cores em sua máxima intensidade, sem mistura de pigmentos pretos ou brancos, formando novas cores.

Já o que chamamos de “tom” é a gradação cromática da matiz: portanto tom é a variação qualitativa da cor, e é óbvio que está diretamente relacionado aos vários comprimentos de onda. Uma cor saturada é obtida quando não estão presentes branco ou preto, mas está exatamente dentro do comprimento de onda que lhe corresponde no seu espectro solar.

Luminosidade é a denominação que damos à capacidade que possui qualquer cor de refletir a luz. A luminosidade decorre da iluminação, assim como a saturação e a cor. É por isso que, à noite, na praia, não vemos a areia tão branca como de dia. Ao acrescentarmos o preto a uma determinada cor, reduzimos sua luminosidade (alguns autores preferem usar o termo valor em vez de luminosidade).

1.3 Cor-luz / Cor-pigmento

Cor-luz, ou luz colorida, é a radiação luminosa visível que tem como síntese aditiva a luz branca. Sua melhor expressão é a a luz solar, por reunir de forma equilibrada todos os matizes existentes na natureza.

Cor-pigmento é a substância material que, conforme sua natureza, absorve, refrata e reflete os raios luminosos da luz que se difunde sobre ela. O pigmento é o que dá cor a tudo o que é material. O que faz com que identifiquemos um corpo de uma determinada cor é sua capacidade de absorver os demais raios da luz branca incidente, refletindo para nossos olhos apenas a cor percebida. O branco é a presença de todas as cores, não absorve, mas reflete todas as cores, o preto, ao contrário, e a ausência de cores, ou seja, todas são absorvidas.

1.4 Ilusões de Ótica

A retina capta a imagem do objeto numa determinada posição e de uma determinada cor. Entretanto, a cor pode depender de fatores de iluminação, de contraste e mesmo variar segundo as condições de fadiga da retina. e a forma pode ser distorcida pela imagem ou por engano dos sentidos. a isso damos o nome de ilusão.

O designer, arquiteto e teórico da arte alemã Walter Gropius, em sua obra “A Nova Arquitetura e a Bauhaus”, cita a construção do Partenon, onde tanto as linhas horizontais como as verticais foram realizadas com desvios propositais para se conseguirem determinados efeitos. Pode-se constatar que os degraus têm um levantamento no centro: eles não têm, na realidade, uma linha reta, o efeito de horizontalidade é visual. O mesmo acontece com as colunas, que sofrem um desvio real para o centro, o que lhes confere, visualmente, uma verticalidade não existente na realidade.

O indivíduo é um todo complexo, e os vários sistemas que o constituem são interligados e só para efeito de estudos podemos dividi-los. Dentro dessa mesma concepção, podemos agrupar as ilusões óticas, classificando-as em geométricas, fisiológicas de movimento e psicológicas.

● Ilusões geométricas: Nas ilusões geométricas, podemos ter a percepção de uma imagem alterada devido a fatores que dão a impressão equivocada.

● Ilusões fisiológicas de movimento: Podemos considerar como ilusões fisiológicas de movimento as causadas por processos retinianos ou por problemas nos centros visuais. Fatores fisiológicos, como a acomodação, convergência e contração da pupila, podem levar a sensações equivocadas.

● Ilusões psicológicas: Ilusões produzidas por oscilações da atenção, confusão entre figura e fundo, motivadas normalmente por elementos simbólicos do interprete e convenções sociais.

1.5 Pós Imagem

Um fenômeno interessante de ser observado é o da pós-imagem. Quando, por exemplo, fixamos durante algum tempo uma superfície vermelho-magenta e rapidamente deslizamos o olhar para uma superfície branca, veremos, no lugar dessa superfície branca, um verde, que é a sua cor complementar.

Segundo a teoria da forma, o olho tende a efetuar uma complementação. Assim, as pós-imagens serão sempre complementares da cor que o indivíduo tenha fixado. As cores complementares, conforme dizia Goethe, “se exigem entre si”.

A vista adaptada a uma cor torna-se mais sensível às cores contrárias. Essa sensibilidade aumenta de acordo com a intensidade ou duração da excitação, até o ponto de saturação.

Quando uma parte da retina se satura sob o efeito de uma cor, a parte restante reage de várias maneiras, podendo até criar fisiologicamente a cor que lhe é contrária, como forma de dessaturação, em busca do equilíbrio perdido.

Esse é o mecanismo fisiológico da formação dos contrastes simultâneos e sucessivos de cores, das imagens posteriores negativas e positivas, dos efeitos de deslumbramento e da cegueira momentânea causada pelos ambientes escuros aos olhos adaptados à claridade.

Independente de percebermos ou não, todos os estímulos coloridos geram pós-imagens. Algumas são fracas e momentâneas, outras são mais fortes e de duração mais prolongada, dependendo da intensidade e da duração de exposição ao estímulo.

Embora estas imagens transitórias não serem tratadas como ilusões, mas sim sensações reais, elas podem produzir efeitos de cores, que podem ser considerados misteriosos e ilusórios quando suas causas não são conhecidas.

Para que serve o conhecimento tão exato deste fenômeno?

É que o cansaço visual que ocorre quando o homem é exposto a áreas altamente iluminadas (iluminação intensa em locais de trabalho de laboratórios, cirurgia, regulagem de aparelhos de precisão,trabalhos com micrômetros e tantos outros como áreas de exposição de feiras, supermercados, pode ser amenizado mediante o uso correto de cores e iluminação).

Um exemplo disso que foi mencionado é o atual uso de azulejos, pisos, lençóis, aventais, máscaras e vestimentas dos cirurgiões em cor verde-azulada nas salas de cirurgia, pois esta cor é a complementar dos tecidos do corpo humano que é o vermelho-alaranjado. Os lençóis brancos geram pós-imagens negras e fazem com que os cirurgiões percam preciosos segundos até que a retina deles se adapte ao novo campo visual. Os lençóis verde-azulados geram pós-imagens vermelho-alaranjadas e possibilitam ao operador ver com exatidão o campo operatório.

Ao olhar para a cavidade cirúrgica gera uma pós-imagem verde-azulada a qual se identifica com a cor da sala de cirurgia, auxiliando consideravelmente no ato cirúrgico. em todo e qualquer trabalho onde a pessoa necessita de extrema acuidade visual, recomenda-se fazer compensações visuais desta ordem.

Nas peças gráficas que estão expostas a luz intensa também é necessário observar que não aconteça a geração da pós-imagem concomitante. No cinema e na televisão este problema ocorre em menor escala devido a alta luminosidade refletida pela tela ou vídeo.

1.6 O espectro visível 

Com a evolução da Física ao longo dos anos, os cientistas perceberam que a luz possui um comportamento similar ao das ondas eletromagnéticas, a luz é uma oscilação e se propaga no vácuo com uma certa variação no tempo (frequência). Podemos associá-la como um exemplo para o som, sem caracterizar muitos detalhes o som é uma vibração mecânica do ar, onde frequências diferentes caracterizariam sons graves e agudos. Assim como o som, as frequências determinam as cores para a luz, para uma determinada faixa de frequências podemos observar as cores, e essa faixa de cores é chamada de espectro de luz visível.

O espectro visível ou radiação visível é composto de ondas EM abrangendo comprimentos de onda situados entre λ 0,74 mícron (f = 4,05 x 1014 Hz) e λ 0,38 mícron (7,89 x 1014 Hz). Para cada comprimento de onda (ou frequência) corresponde luz REFERENCIAMENTO DE CORES PARA de uma determinada cor. As cores que podemos enxergar são as do arco-íris que são distribuídas em sete faixas: vermelha, laranja, amarela, verde, ciano (anil), azul e violeta. Dentro de cada faixa as luzes se diferenciam por matizes diferentes.

1.7 Comprimento de onda das cores do espectro visível 

Com a evolução da Física ao longo dos anos, os cientistas perceberam que a luz possui um comportamento similar ao das ondas eletromagnéticas, a luz é uma oscilação e se propaga no vácuo com uma certa variação no tempo (frequência). Podemos associá-la como um exemplo para o som, sem caracterizar muitos detalhes o som é uma vibração mecânica do ar, onde frequências diferentes caracterizariam sons graves e agudos. Assim como o som, as frequências determinam as cores para a luz, para uma determinada faixa de frequências podemos observar as cores, e essa faixa de cores é chamada de espectro de luz visível.

Figura 1 – Ilustra a faixa dentro do espectro eletromagnético visível, ou seja, o Espectro Visível, escala em comprimento de onda.

Os limites do espectro visível variam de pessoa para pessoa, mais ou menos, sendo assim, os olhos dos seres humanos tem uma faixa definida, se limitando entre 350nm a 700nm dos comprimentos de ondas para a luz visível.

Podemos dizer então que para cada cor temos uma determinada frequência e comprimento de onda que a distingue das demais, temos por exemplo: a luz vermelha que é uma luz de menor frequência e consequentemente menor energia, já o violeta é uma luz de maior frequência e nos submete a maior energia. 

Existe a relação entre comprimento de onda (λ) e frequência (f), cuja relação é inversamente proporcional, onde o comprimento da onda é dado pela divisão da velocidade da onda (no caso a velocidade da luz (c = 3x108m/s)), pela frequência da onda.