Curso de Iridologia
O QUE BUSCAR NA IRIDOLOGIA (PARTE 4)
Atitudes e funções
Vejamos, então, os aspectos e características psicológicas “básicas” que estão expressas na íris:
As atitudes
“Prontidão da psique para agir ou reagir de um determinado modo, com base em uma orientação psicológica subjacente. A adaptação ao meio ambiente requer uma atitude apropriada: mas, devido à mudança de circunstâncias, nenhuma atitude é permanentemente conveniente.”.
Quando uma atitude não é mais apropriada à realidade interior ou exterior, pode haver o surgimento de um sintoma para compensar e tentar orientar o sujeito para uma mudança de atitude. De acordo com Jung existem dois tipos de atitudes: a extroversão e a introversão.
Introversão
A pessoa está voltada para o seu interior de onde retira sua energia. Pode-se dizer que ela quase não precisa do meio para sentir-se viva. Exemplo: pessoa que aprecia um esporte individual, como a natação, ao contrário de um esporte coletivo.
Essa atitude pode ser vista na íris como uma faixa de cor concentrada circundando a pupila.
Características pessoais: são pessoas sensíveis, reservadas e observadoras.
Preferem os arredores conhecidos do lar e as horas íntimas com poucos amigos mais chegados.
Preferem fazer tudo com seus próprios recursos, por sua própria iniciativa e a seu próprio modo.
Com isso, tendem a serem classificadas como egoístas e individualistas, o que pode não ser verdade.
Extroversão
A pessoa é movida por motivações externas a si. É como se retirasse sua energia vital do ambiente que a circunda, confiando naquilo que é recebido de fora e não é propenso a examinar motivações pessoais.
Preferem o convívio social, por exemplo, preferindo esportes coletivos como o futebol.
Na íris, a extroversão é caracterizada pela ausência de concentração de cor e por uma estria distinta circundando a pupila.
Características pessoais: são pessoas expressivas e francas, exteriorizando pensamentos, emoções e palavras.
Quando chegam em algum lugar são logo percebidas ou se fazem perceber, o que pode ser uma vantagem em situações sociais e no relacionamento com o meio ambiente. Procuram sempre o convívio social.
Tendem a serem classificadas como pessoas verdadeiras e que não escondem o que pensam, sendo que isso pode não corresponder à realidade, pois podem usar essa habilidade de relacionarem-se para proveito próprio.
As funções
Jung descobriu que o ser humano possui quatro funções psicológicas básicas, sendo uma dominante da sua personalidade, outra ficando num nível mais abaixo na sua psique, no subconsciente e, as outras duas, compondo seu inconsciente, mas não menos atuante e influenciando o comportamento da pessoa.
Isto pode ser visto nos complexos que, quando são ativados e por estarem inconscientes e reprimidos, são forçados “para fora” para o consciente, tentando conduzir o comportamento da pessoa, tirando-a de seu “eixo emocional”.
Cada função tem sua oposta: o pensamento é oposto ao sentimento; a intuição é oposta à sensação. Com isso, se a função pensamento é a função dominante, o sentimento estará no mais profundo inconsciente. Se a função intuição estiver no subconsciente, a sensação estará no inconsciente, mas num nível menos profundo do que o sentimento. São essas funções aliadas às atitudes, introversão ou extroversão, que regem a personalidade da pessoa, as quais serão pormenorizadas adiante.
“Em síntese, a função da sensação nos assegura de que algo existe; a do pensamento nos diz do que se trata; o sentimento nos fornece o seu valor e, através da intuição, temos um palpite do que podemos fazer com isso (as possibilidades).”
A pessoa pensamento (jóia)
Corresponde ao padrão mental jóia no método Rayid. Utilizam o processo mental de interpretação daquilo que é percebido. É uma função racional, tendo a lógica como base.
“O pensamento consiste em associar ideias umas às outras para chegar a um conceito geral ou à solução de um problema. É uma função intelectual que procura compreender as coisas.”.
Na íris, são observadas manchas de tonalidades escuras que variam do dourado claro ao negro.
Características pessoais: usam poucos gestos físicos e subconscientemente aprendem melhor a partir de instruções visuais. As pessoas pensamentos podem ser tachadas como frias e calculistas, mas na realidade, pensam e analisam profundamente antes de tomarem uma atitude. Sentem-se atraídas por pessoas do tipo sentimento, seu oposto, como um movimento para compensar este aspecto inconsciente.
A pessoa sentimento (flor)
Corresponde ao padrão emocional flor no método Rayid. A função sentimento, assim como o pensamento, é uma função racional, avaliadora. “Aceita ou rejeita uma coisa, ideias ou fato tomando como base o sentimento agradável ou desagradável que suscita.” Não se deve confundir emoção, que é afeto e resultado de um complexo ativo, com o sentimento. O sentimento, não contaminado pelo afeto, pode ser bastante frio. Na íris, são vistas estruturas como pétalas de uma margarida, aberturas arredondadas e ovaladas nas fibras.
Características pessoais: como julgam o valor, as pessoas sentimento podem parecer “lentas”. Costumam reagir com emoção e podem ser sentimentais, saudosistas. Utilizam bastante a visão e aprendem melhor através de instruções auditivas. Sentem-se atraídas por pessoas do tipo pensamento, seu oposto psíquico.
A pessoa sensação (corrente)
Corresponde ao padrão cinestésico corrente do método Rayid. Percebe a realidade através dos sentidos físicos, que “incluem todas as experiências conscientes produzidas pela estimulação dos órgãos dos sentidos, tanto quanto as sensações que têm origem no interior do corpo.” A sensação, assim como a intuição, são tidas como funções irracionais, pois são experiências dadas imediatamente e não resultantes da análise do pensamento ou avaliação do sentimento.
Na íris, são vistas variações sutis nas fibras da íris que aparecem como linhas retas ou faixa de cor.
Características pessoais: As pessoas sensação têm uma sensibilidade física extrema, sentindo as percepções físicas, externas e internas, com grande intensidade. Por exemplo, quando sentem fome, ficam desesperadas, irritadas, só voltando ao seu estado emocional “normal” quando têm essa sensação desagradável aliviada. Aprendem melhor através da experiência e do toque. Percebemos facilmente uma pessoa sensação pela sua maneira de vestir: elas costumam não serem muito discretas, usando muitos adereços, como brincos, anéis, roupas mais coloridas, perfumes fortes.
Aprendem melhor através da experiência, do toque e das ideias. Por isso, são atraídas pelo seu oposto, as pessoas do tipo intuição.
A pessoa intuição (agitador)
Corresponde ao padrão extremista agitador do método Rayid. Também é uma função irracional, porque sua apreensão do mundo baseia-se na percepção dos fatos dados através do inconsciente, não dependendo da realidade concreta. “A pessoa não sabe de onde vem (a intuição) nem como ela se origina.” São os conhecidos insights. Devido à falta de concretude, a pessoa intuitiva pode não ser levada a sério, sendo frequentemente vista como visionária e fora da realidade, quase um louco.
Na íris, são observados pontos de cor, como no padrão joia-pensamento, além de pétalas, como no padrão flor-sentimento. Seria uma junção dos dois sinais.
Características pessoais: São pessoas dinâmicas, progressistas, visionárias, que se aventuram além dos limites convencionais do pensamento e ação. Na vanguarda da mudança e da inovação, desafiam a vida pela entrega e dedicação, muitas vezes através do ridículo.
Impelida para o sucesso, passa por ciclos de grandes altos e baixos. São dedicadas a uma causa e aventureiras, aprendendo pelo contato físico e pelo movimento. Por isso, são atraídas pelo seu oposto, as pessoas do tipo sensação.
Aspectos éticos
A quem cabe o exercício da Irisdiagnose? Ao médico, ao psicólogo, ao nutricionista, ao fisioterapeuta, ao terapeuta ocupacional, ao naturopata ou será que deve ser exercida por qualquer pessoa bem-intencionada?
Sendo a Iridologia e mais a Irisdiagnose não reconhecidas como ciência, devem ser exercidas e praticadas enquanto atividades relacionadas à saúde? Quais atitudes poderiam validar estas práticas?
Responder a estas perguntas e a outras pertinentes é difícil, porquanto não há uma sistematização para o ensino e a prática da Iridologia / Irisdiagnose.
Por isso observa-se que os aspectos éticos envolvidos são de suma importância.
Nos dias atuais qualquer pessoa ou profissional pode se valer das técnicas iridológicas que estão sendo desenvolvidas para exercer a “profissão” de iridologista, geralmente por trás de um título, as vezes impróprio, de “terapeuta”. Existem até sindicatos/associações, para tornar “oficiosa” esta e outras práticas ainda pouco reconhecidas oficialmente.
Isto faz da Iridologia / Irisdiagnose uma “terra de ninguém”, onde uma pessoa com um curso de “final de semana”, possa avocar a si o saber inerente para ser um terapeuta.
É inadmissível que um leigo que faça um curso de 24, 48 horas saia pelo mundo à fora se dizendo terapeuta e “receitando” medicamentos para pessoas doentes, mesmo que sejam fitoterápicos. Ou, então, exercendo a função do psicólogo e dispondo-se a “tratar” a pessoa acometida de uma alteração psíquica “visualizada” na íris.
Dúvidas não há quanto à aplicabilidade da Irisdiagnose nas mais diversas áreas da saúde.
Isto, per se, já delimita o quadro de profissionais que poderiam se valer de tal técnica.
Entretanto, antes é preciso reconhecer-se o valor científico da Iridologia.
Mas para que tudo isso seja atingido, é preciso que a Iridologia seja reconhecida como ciência e a Irisdiagnose como uma prática válida e eficaz.
Pressuposto
O método Rayid se propõe a dar informações sobre o psiquismo do ser humano.
Partindo-se do pressuposto que a Psicologia Junguiana é aceita pela Comunidade Científica como sendo uma teoria psicológica válida cujo campo de ação está centrado no estudo da personalidade humana, e sendo este composto pela determinação do padrão tipológico do indivíduo, pretende-se estabelecer uma correlação entre o método Rayid e a Psicologia Junguiana.
Isto será feito através da análise dos sinais iridológicos e sua comparação com os resultados obtidos com a aplicação do Questionário de Avaliação Tipológica Quati, que é o teste utilizado na determinação tipológica da personalidade e aprovado pelo Conselho Federal de Psicologia.
Justificativa
O método Rayid é praticado no mundo inteiro, sendo utilizado como um instrumento único de avaliação psíquica, indicando padrões de comportamento social e emocional, baseados em fatores genéticos. Isto, per se, já o torna uma revolução no estudo do psiquismo e abre precedentes ainda não calculados. Neste sentido, algo que reconheça e valide este método pode ser de extrema valia para a Ciência.
Outro fator que também justifica este reconhecimento é a rapidez, praticidade e fácil execução que o método Rayid proporciona, bastando a utilização de instrumentos baratos como uma lupa e uma lanterna, olhando-se diretamente a íris do analisando.
E mais. O único instrumento para determinação tipológica da personalidade, até hoje, é um teste que precisa ser respondido pelo analisando. Ora, uma pessoa não-alfabetizada ou sem condições intelectuais jamais poderia ter seu padrão de personalidade determinado. Isso não existe com o método Rayid, pois é possível analisar-se qualquer íris e de qualquer pessoa.
Portanto, a Psicologia não pode abrir mão de um diferencial como este que facilitará a sua práxis.
OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é, em se analisando a íris humana através da ótica do método Rayid, se estabelecer uma inter-relação com a Psicologia Junguiana obtendo-se, assim, o reconhecimento científico para este método e sua ampla utilização pelos profissionais psicólogos.
Material e método
Foram analisadas as íris de diversas pessoas, escolhidas aleatoriamente entre estudantes, funcionários públicos, profissionais autônomos, estudantes, donas-de-casa, aposentados, empresários e pacientes psiquiátricos, todos em condições de responderem ao teste tipológico aplicado.
MATERIAL
Após a explicação da finalidade científica do experimento e obtenção de autorização para a pesquisa, por escrito, aplicou-se o Questionário de Avaliação Tipológica QUATI, obtendo-se o resultado do tipo de personalidade de cada um, de acordo com padrão determinado pela Psicologia Junguiana.
Em seguida, fotografou-se as íris com uma máquina fotográfica digital Sony Mavica FD200 com a utilização do iridofoto, lente especialmente desenvolvida para esse fim, analisando-as sob a ótica do método iridológico Rayid.
Posteriormente, comparou-se os dois resultados, tabulando-os e expressando-os em gráficos. Neste particular, considerou-se o conjunto de personalidades e não seus portadores, posto que são aquelas que estão sendo analisadas e comparadas. Afinal, a personalidade independe de a pessoa ser um funcionário público ou um empresário, mas exatamente o contrário.
Como a intenção é a validação científica do método Rayid, a explanação teórica sobre os padrões de personalidade centrou-se na teoria da Psicologia Junguiana, não só por ser esta reconhecida oficialmente pela Ciência mas, também, em função de as características de personalidade descritas no Rayid serem essencialmente as mesmas desta teoria psicológica.
ESTUDO METODOLÓGICO
Com o intuito de se mostrar que há uma correlação entre personalidade e a íris, foram feitas análises de íris utilizando-se o método iridológico Rayid com concomitante classificação frente ao modelo tipológico da Psicologia Junguiana sendo que, neste caso, utilizou-se da aplicação do teste tipológico de personalidade Quati.
Cabe ressaltar que o teste Quati classifica a personalidade em função dominante com uma correspondente auxiliar. Neste trabalho estamos, apenas, ressaltando a função dominante sem mencionar sua auxiliar, motivo pelo qual algum sinal possa vir a ser visualizado na íris sem ser mencionado, sendo que isto não invalida o resultado final da avaliação.
A função auxiliar também pode ser determinada pelo método Rayid mas, igualmente, nos delimitamos em mostrar apenas a função principal, em razão da importância e/ou maior presença dos sinais iridológicos, bem como ser a que rege funcionamento consciente da pessoa. Tal procedimento visou simplificar a análise, avaliação e classificação das íris.
As fotos não diferenciam as íris, se íris esquerda ou íris direita, por isso não interessar-nos e nem interferir nos resultados.
Fatores técnicos de análise
Mostra-se abaixo os resultados encontrados na análise das íris destas pessoas através do método Rayid, sendo que o índice de corroboração com o método Junguiano, através do Questionário de Avaliação Tipológica Quati, ficou em torno de 95 % (noventa e cinco por cento). Este índice de concordância, embora não total, é suficiente para validar o método Rayid, mesmo porque, a discrepância verificada deve-se ao fato de o Quati assinalar o momento de vida presente.
Como a pessoa vive em interação com o meio, ela deve adaptar-se a este levando-a a mudar de forma relativa o seu comportamento, seu modus operandi, para que a homeostase pessoa-meio seja relativamente estabelecida e sua vida tenha um curso normal.
Entretanto, a base da personalidade fica preservada e é a registrada na íris. Nos gráficos, então, optou-se por registrar tão somente os resultados obtidos pelo método Rayid.
Quadro resumo