Curso de Fitoterapia Energética - Ervas e Plantas

FITOTERAPIA: USO TERAPÊUTICO DAS PLANTAS MEDICINAIS ORIENTAIS E OCIDENTAIS

FITOTERAPIA: USO TERAPÊUTICO DAS PLANTAS MEDICINAIS ORIENTAIS E OCIDENTAIS

As plantas medicinais vêm sendo utilizadas pela humanidade há milhares de anos. No ocidente a fitoterapia foi a principal fonte de medicamentos até a primeira metade do século XX. As ervas medicinais somente deixaram de ser utilizadas, como origem dos remédios, na segunda metade do século XX com o fortalecimento da indústria farmacêutica associado ao marketing dos remédios feito pelos grandes laboratórios para provar que os medicamentos fitoterápicos eram menos eficientes que as drogas alopáticas.

A Medicina Oriental, como a Medicina Chinesa, sempre deu ênfase ao uso terapêutico das plantas medicinais como fonte de medicamentos naturais, mais suaves, porém eficazes e sem os deletérios efeitos colaterais das drogas alopáticas, que muitas vezes tratam uma mazela porém causam outros problemas de saúde. Atualmente é frequente quando o paciente procura ler a bula de um remédio (prescrito por seu médico) surgir uma insegurança, no uso da medicação, devido aos vários efeitos adversos descritos.

Nos últimos anos muitas pesquisas têm sido realizadas, no oriente e ocidente, demonstrando os efeitos terapêuticos das plantas medicinais.

Estas descobertas apontam que através da fitoterapia podemos tratar e aliviar as mazelas e enfermidades com muito menos efeitos indesejáveis que as drogas alopáticas.

São utilizadas as ervas medicinais há milhares de anos e sempre se observa que a grande maioria dos pacientes tem um bom resultado com o tratamento. Mas enfatizamos que associado a fitoterapia deve-se ter uma dieta saudável – pois o alimento é um importante medicamento na visão da Medicina Oriental.


MEDICINA CHINESA X MEDICINA OCIDENTAL

Quais são as diferenças básicas entre as medicinas ocidental e chinesa?

Primeiro: os princípios subjacentes e as abordagens de ambos os sistemas são diferentes. A medicina ocidental prioriza os problemas físicos dos problemas mentais e emocionais, enquanto a medicina chinesa aborda as enfermidades de uma maneira holística.

Segundo: a medicina chinesa usa a medicina natural, em oposição a medicina ocidental que utiliza análogos sintéticos de produtos naturais.

Terceiro: a medicina chinesa, diferentemente da medicina ocidental, não isola os distúrbios emocionais ou nutricionais das desordens físicas no tratamento. De fato, ela atribui as causas internas das doenças aos desequilíbrios da dieta e as sete emoções.

Quarto: as drogas (fitoterapia) usadas na medicina chinesa podem ser individualmente moldadas para adequar aos sintomas do paciente, enquanto as drogas ocidentais são padronizadas e uniformes.

E finalmente, o quinto: as fórmulas herbáceas chinesas não geram efeitos colaterais quando tomadas na quantidade apropriada.

A medicina ocidental enfoca exclusivamente sobre o local e o mecanismo de uma enfermidade. A medicina chinesa, por outro lado, centraliza no ajuste do organismo inteiro. Ela é uma filosofia, assim como uma terapia do corpo, e, portanto, mais de abordagem orgânica do que mecanicista.

A medicina chinesa presta especial atenção para queixas subjetivas do paciente e prescreve combinação dos pontos de acupuntura e fórmulas herbáceas nutritivas baseadas na totalidade dos sintomas objetivos e subjetivos.

A constelação de sintomas é chamada de “conformação”. A medicina ocidental geralmente oferece um tratamento não específico ou supressivo para um vasto número de desordens funcionais, enquanto a chave da medicina chinesa é a observação da função e o uso específico da combinação dos pontos de acupuntura e das combinações herbáceas para os sintomas altamente diferenciados.

O diagnóstico precoce leva à prevenção de danos orgânicos permanentes, e é na área da prevenção que a medicina se sobressai. De acordo com os médicos chineses, doenças diagnosticadas e tratadas precocemente podem ser impedidas de entrar em estágios mais avançados se não estiverem em estágio terminal.

A teoria médica chinesa provê explicações e tratamentos para desordens que a medicina ocidental é incapaz de diagnosticar ou explicar através dos métodos laboratoriais.

A medicina chinesa é filosófica, sintética, holística, interna, empírica, individual, preventiva, humoral, subjetiva e natural. A medicina ocidental é científica, analítica, tópica, cirúrgica, preventiva, socializada, bacteriológica, experimental, celular, objetiva e química.

O objetivo final é juntar o melhor da medicina chinesa com o melhor da medicina ocidental. Tal síntese, nós acreditamos, irá prover o mundo com um melhor sistema de saúde, mais completo e mais satisfatório.


PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AS MEDICINAS

Basicamente, o que diferencia a medicina tradicional chinesa da medicina ocidental (alopática) é o diagnóstico, ou seja, a forma como o terapeuta ou médico vê o cliente (paciente).

Na medicina chinesa, o cliente é visto como um todo. Quando o cliente relata uma queixa, o terapeuta não trata apenas os sintomas.

No Brasil, por exemplo, quando uma pessoa está com dor de cabeça, geralmente se automedica e toma um analgésico, pois na maioria dos casos, este será o remédio que será prescrito pelo médico.

Na Medicina Tradicional Chinesa, a dor de cabeça pode vir de problemas em outros órgãos, pois na visão da MTC, todos os órgãos têm uma relação direta. Na nossa Medicina Ocidental esta visão simplesmente não existe, ou pelo menos não existia até então.


A MUDANÇA DA VISÃO NO BRASIL

Devido a estudos onde a eficácia de algumas técnicas da MTC foi comprovada, os médicos brasileiros já demonstram grande interesse e preocupação por uma medicina que cause menos efeitos colaterais aos seus pacientes, não só na acupuntura como outras terapias também.

No Brasil, a Acupuntura é uma das técnicas mais conhecidas da população e esta é um dos principais tratamentos oferecidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) onde 80 mil sessões são realizadas a cada mês em 800 hospitais e unidades de saúde espalhados pelo país.

A classe médica brasileira já entende que se tivéssemos mais tratamentos deste tipo no SUS, teríamos muito mais pessoas felizes e saudáveis e muito menos custos com medicações para o país.

CONCLUSÃO

A maior parte da população pensa que a nossa Medicina usa drogas e devido a isso pode machucar o organismo e acreditam que técnicas de Medicina Alternativa são menos invasivas.

Porém, vale ressaltar que, cada Medicina trabalha com conceitos diferentes e ambas podem fazer o bem quanto o mal se forem realizadas por maus profissionais.