Curso de Fitoterapia Energética - Ervas e Plantas

PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS

PRINCIPAIS PLANTAS TÓXICAS

CUIDADOS GERAIS

A utilização das plantas ao longo da história da humanidade teve variados fins, desde alimentação, uso pessoal cosmético, uso político a fins medicinais. Dessa forma, como prevenção e tratamento de patologias as plantas também garantem eficiência, no entanto, e preciso estar atento aos cuidados referentes ao uso fitoterápico das mesmas, visto que algumas possuem grau de toxicidade (VALDIR, 2005).

Entende-se como toxicidade a capacidade de uma substância química em provocar efeitos colaterais e nocivos em seres vivos a partir de uma determinada concentração do agente toxico. Nos casos de plantas medicinais, especificamente, e importante ressaltar que embora determinada espécie possa ser toxica, não necessariamente causara intoxicação.

O profissional naturólogo e demais agentes da Saúde possuem o compromisso de garantir o uso seguro das plantas medicinais. Desta maneira, alguns aspectos devem ser observados, são eles: a conservação da planta, a maneira correta do preparo, a dose do fitoterápico, a via de administração, a população a quem será administrado o uso – crianças, gestantes, idosos etc. -, o sistema imunológico do interagente, possíveis interações medicamentosas, o conhecimento científico da planta etc.

Além disso, e essencial conhecer os principais grupos químicos e sua atuação. Pois assim, mesmo que o Terapeuta da Saúde não conheça com profundidade determinada planta, ao identificar a substância poderá orientar brevemente sobre como ela reagirá em contato com um organismo vivo. Os grupos alcaloides pirrolizidinicos; alcaloides nitrocompostos; heterosideos cianogenicos; heterosideos cardiotonicos; antraquinonas; cumarinas; taninos e saponinas são potencialmente tóxicos, podendo ocasionar desde dores abdominais, irritações de mucosas e pele a depressão respiratória, arritmia ou, até mesmo, óbito – caso a dose for além do uso seguro.

PLANTAS TOXICAS NÃO INDICADAS PELO MINISTERIO DA SAÚDE

O Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitárias em 13 de maio de 2014 homologou a Resolução da Diretoria Colegiada – RDC No26. Esta resolução foi criada para uma maior segurança dos fitoterápicos comercializados evitando o risco de intoxicação e, assim, duas listas de controle foram anexadas a resolução.

– LISTA DE ESPECIES QUE NÃO PODEM SER UTILIZADAS NA COMPOSICAO DE PRODUTOS TRADICIONAIS FITOTERAPICOS e LISTA DE ESPECIES VEGETAIS COM RESTRICOES PARA O REGISTRO/NOTIFICACAO DE MEDICAMENTOS FITOTERAPICOS E PRODUTOS TRADICIONAIS FITOTERAPICOS.

Abrus precatorius (sementes e

raízes)

Heliotropium spp.

Acorus calamus

Ipomoea carnea subsp. Fistulosa

(folhas)

Ageratum conyzoides

Ipomoea burmanni (RiVea

corymbosa)

Aleurites fordii (folhas, frutos e

sementes)

Ipomoea hederacea

Aleurites moluccanus (sementes e

frutos)

Ipomoea Violacea (Ipomoea tricolor)

Allamanda cathartica

Jatropha curcas

Amanita spp.

Lantana camara (frutos e folhas)

Anadenanthera peregrina

Lithraea brasiliensis

Anadenanthera macrocarpa

(sementes e folhas)

Lithraea molleoides

Argemone mexicana

(folhas, flores e sementes)

Lobelia inflata

Argyreia nerVosa

Lophophora spp.

Aristolochia spp.

Manihot esculenta

Asarum spp.

Melia azedarach (parte aérea e

frutos)

Asclepias curassaVica

Microsporum audouinni

Aspergillus fumigates

Microsporum canis

Aspergillus nidulans

Nerium oleander

Aspergillus niger

Nicotiana glauca

Aspergillus sydowi

Nicotiana tabacum

Aspergillus terreus

Opuntia cylindrica

Baccharis coridifolia

Palicourea marcgraVii

Banisteriopsis caapi

PapaVer bracteatum

Brugmansia arborea

Pedilanthus tithymaloides

Brugmansia suaVeolens

Peganum harmala

Brunfelsia uniflora

Petasites spp.

Calotropis procera

PetiVeria alliacea

Cannabis spp.

Piptadenia macrocarpa

Catha edulis

Piptadenia peregrina

ClaViceps paspali

Plumbago scandens (folhas e raízes)

Combretum glaucocarpum (folhas)

Prestonia amazonica

Conocybe spp

Psylocybe spp.

Consolida ajacis

Pteridium aquilinum

Cnidoscolus phyllacanthus

(folhas e espinhos)

Rhizopus oligosporus

Crotalaria spp.

SalVia diVinorum

Cryptostegia grandiflora

Senecio spp.

Cynoglossum officinale

Sida acuta

Datura spp. (folhas, frutos e

sementes)

Sophora secundiflora

Dieffenbachia seguine

Spartium junceum

Epidermophyton floccosum

Spigelia anthelmia

Erythroxylum coca

Stropharia cubensis

Euphorbia tirucalli (látex)

Strychnos gaulthieriana

Ficus pumila (folhas e látex)

Strychnos ignatii (Ignatia amara)

Geotrichum candidum

TheVetia peruViana

Gloriosa superba

Trichophyton spp

Gymnopilus spp.

Tussilago farfara

Haemadictyon spp.

Virola sebifera

LISTA DE ESPÉCIES VEGETAIS COM RESTRIÇÕES PARA O

REGISTRO/NOTIFICAÇÃO DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS

PRODUTOS TRADICIONAIS FITOTERÁPICOS

Arnica spp.

O IFAV só pode ser utilizado para

uso externo

Espécies com alcaloides

pirrolizidínicos

A exposição diária de alcaloides

pirrolizidínicos não pode ser superior

a 1 ppm, ou seja 1 µg/g

Mentha pulegium

Só pode ser utilizado se a posologia

proposta para o produto não exceder

uma dosagem diária de tujona de 3 a 6 mg

Ricinus communis

Só pode ser utilizado o IFAV óleo fixo

obtido exclusivamente das sementes

Solanum (quaisquer espécies)

Se o IFAV é para qualquer uso que não o,

não pode conter mais que 10 mg (dez

miligramas) de  alcaloides esteroidais

Symphytum officinale

O IFAV só pode ser utilizado para

uso externo

PLANTAS ALTAMENTE TÓXICAS

Além das plantas já listadas que necessitam ser evitadas há outras espécies comuns no uso popular e que também possuem algum grau de toxicidade e, portanto, podem ser um risco a Saúde caso forem administradas de forma incorreta.

A seguir nove plantas possivelmente intoxicantes e que são amplamente utilizadas – em diversos tratamentos naturais, uso ornamental ou alimentício. 

Arnica Montana L. – ARNICA

Nomes populares: arnica, arnica brasileira, sape macho.

Propriedades: Analgésica, anti-inflamatória, tônica, antisséptica. Uso externo para tratamento de hematomas, contusões, processos inflamatórios, etc.

Toxicidade: A ingesta da planta pode causar cardio toxicidade.

 


Chenopodium Ambrosioides – ERVA-DE-SANTA-MARIA

Nomes populares: erva-de-santa-maria, Ambrosina, caacica, cha-da-espanha, cravinho-do-campo, ervadas- cobras, mastruz, menstruco, mentruz, etc.

Propriedades: cicatrizante, antisséptica, diurética, antifúngica, estimulante.

Toxicidade: em doses elevadas pode causar náusea, vomito, lesões hepáticas e renais, convulsão.
 


Chenopodium Ambrosioides – ERVA-DE-SANTA-MARIA

Nomes populares: erva-de-santa-maria, Ambrosina, caacica, cha-da-espanha, cravinho-do-campo, ervadas- cobras, mastruz, menstruco, mentruz, etc.

Propriedades: cicatrizante, antisséptica, diurética, antifúngica, estimulante.

Toxicidade: em doses elevadas pode causar náusea, vomito, lesões hepáticas e renais, convulsão.
 

Ficus Carica – FIGO

Nome popular: figo

Propriedades: rico em vitaminas A, B1, B2 e C e açúcar. Fruta altamente energética e contribui contra a fadiga mental. A fruta fresca possui propriedades expectorantes.

Toxicidade: fotossensibilizante e, desta maneira, em contato com a pele pode ocasionar queimadura epitelial.

Hedera Helix – HERA

Nomes populares: hera, hera verdadeira, hera venenosa.

Propriedades: analgésica, expectorante, calmante, cicatrizante e hidratante.

Toxicidade: pode ocasionar dermatite grave.

Manihot Esculenta – MANDIOCA BRAVA

Nomes populares: aipi, aipim, pão-de-pobre, cassava, mandioca.

Propriedades: antisséptica, cicatrizante, diurética.

Toxicidade: a mandioca brava necessita passar por um choque térmico para ser retirada as substâncias toxicas. Caso contrário, efeitos de cansaço, falta de ar, taquicardia, convulsão, confusão e óbito são possíveis.

Ricinus Communis – MAMONA

Nomes populares: ricino, palma-de-cristo, regateira, mamoma.

Propriedades: antimicrobiana, laxante. Utilizado para doenças de pele e disfunções estomacais.

Toxicidade: as sementes dessa planta podem causar lesão renal, distúrbios neurológicos, letargia, apneia e coma.

Solanum Capsicoides – JUÁ

Nomes populares: juá, melancia-da-praia, mata-cavalo, arrebenta-boi, babá.

Propriedades: indicado para manchas de pele, urticária, edema em membros inferiores.

Toxicidade: as sementes são tóxicas, caso ingeridas podem causar vômito, diarreia, cólicas, febre, má respiração.

Symphytum Officinalis – CONFREI

Nomes populares: confrei, capim-roxo-da-rússia, erva-de-cura, orelha-de-asno, raiz-escorregadia.

Propriedades: cicatrizante, analgésico e anti-inflamatório, calmante, tônico, regenerador.

Toxicidade: hepatotóxico.


INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

As plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos – medicamentos de matérias primas vegetais – são importantes e eficientes alternativas para o tratamento de diferentes patologias. No entanto, o uso deve ser cauteloso visto que, como já observamos, algumas plantas podem ser tóxicas ou até mesmo interagir com outros medicamentos.

Existe um senso-comum de que tratamentos com as plantas são completamente seguras e, desta maneira, três grupos de risco costumam ser os que mais se utilizam das ervas medicinais: crianças, gestantes e idosos. Por falta de mais estudos que se dediquem a esse conhecimento as informações sobre interações são limitadas, mas já é sabido que o sinergismo entre planta e medicamento pode potencializar ou diminuir o efeito esperado. Pensando nisto, seguindo o exemplo de alguns trabalhos publicados, foi tabelado algumas plantas conhecidas e a consequência adversa entre interação planta-fármaco.


Abaixo as principais:
 

Nome Popular e
Científico

Uso terapêutico

Interação medicamentosa

Alcachofra
Cynara scolymus

Baixa concentração
de gordura saturada e
colesterol.

Pode ocorrer sinergia com
medicamentos diuréticos.

Babosa
Aloe Vera

Cicatrizante.

Interação moderada com
hipoglicemiantes, diuréticos,
laxantes e interação grave com
digoxina.

Boldo
Peumus boldo
molina

Tratamento de
distúrbios intestinais.

Anticoagulantes.

Camomila
Matricaria recutita

Antiespasmódico, anti-
inflamatório, calmante.

Anticoagulantes, sedativos.

Cáscara-sagrada
Rhamnus
purshiana

Purgativa.

Uso com diuréticos não é
recomentado.

Castanha da índia
Aesculus
hippocastanum

 
Fragilidade capilar,
insuficiência venosa.

A semente da castanha da india
aumenta o risco de sangramentos ao
serem utilizadas com ácido acetilsalicílico, varfarina, heparina, e ibuprofeno.

Erva-cidreira
Melissa Officinalis

Antiespasmódico e
distúrbios do sono.

Interage com depressores do
sistema nervoso central e com
hormônios tiroideanos.

 
Espinheira-santa
Maytenus ilicifolia

 
Antioxidante e
protetora celular.

Por estudos experimentais
trazerem a propriedade estrogênica,

indica-se cautela juntamente com uso de
anticoncepcionais.

 
Garra-do-diabo
Harpagophytum
procumbens

 
Anti-inflamatório.

Possui interação com antiarrítmicos, anticoagulantes,

ácido acetilsalicílico, anti- inflamatórios,

agentes antiplaquetários, glicosídeos
cardíacos e varfarina.

 
Gengibre
Zingiber officinale

 
Aumenta o sistema
imunológico.

Compromete a ação de medicamentos

que contenham sucralfato, ranitidina,
lansoprazol.

 
Ginkgo
Ginkgo biloba

 
Melhora da circulação.

Pode potencializar fármacos
anticoagulantes e anti- inflamatórios

não esteroidais como o ibuprofeno.

 
Guaco
Mikania glomerata

 
Expectorante e
broncodilatador.

Interage com antibióticos como
tetraciclinas, gentamicina,

vancomicina e penicilina. Tem interação

moderada com anticoagulantes.

 
Hortelã
Mentha piperita

Cicatrização,
antiespasmódico,
tônico do SNC.

Pode interagir com a ingesta de ferro,
diminuindo sua absorção. Interação 

com antirretrovirais.

 
Isoflavona-de-soja
Glycine max

 
Sintomas do
climatério.

Interage com digoxina e quinidina,
podendo causar intoxicação.

Também pode interagir  com estriol e
levotiroxina, aumentando o
efeito do estrógeno.

Maracujá
Passiflora incarnata

Calmante,
antiestresse.

Pode interagir com hipnóticos e
ansiolíticos intensificando suas ações.

 
Plantago
Plantago oVata
Forssk

 
Diminuição do
colesterol e auxílio no
sistema digestivo.

Anticoagulantes e hipoglicemiantes.

Afeta a absorção de cálcio e de fármacos
como antidepressivos, diuréticos,
antiinflamatórios.

Salgueiro
Salix Alba

Anti-inflamatório,
analgésico e
antitérmico.

Paracetamol,  aspinira e
anticoagulantes.

Unha-de-gato
Uncaria tomentosa

Artrite, reumatismo,
antifúngico,
analgésico e sedativo.

Interage  com  amitriptilina, 
buspirona,   clomipramina,
haloperidol.

Uva-ursi
Arctostaphylos
uVa-ursi

 
Infecções do trato
urinário.

Não deve ser administrada com
medicamentos  ou alimentos que
adicidificam a uriina.

Valeriana
Valeriana
officinnalis

Insônia leve,
ansiolítico.

Potencializa  narcóticos, álcool
antidepressivos, e anestésicos.

TABELA DE PLANTAS CONTRAINDICADAS DURANTE A GRAVIDEZ  

Nome Popular e
Científico

 Restrição Para uso
Interno

 Justificativa

Arnica
Arnica montana

GESTAÇÃO
LACTAÇÃO

Estimulante do Útero, Alta
toxicicidade

Babosa
Aloe spp.

GESTAÇÃO
LACTAÇÃO

Emenagoga, Abortiva , Mutagênica,

ocitóxica, Catártica

 
Alho
Allium satiVum

 
LACTAÇÃO

 
Cólicas no Lactante

Artemisia
Artemisia Vulgaris

GESTAÇÃO

Emenagoga e Abortivca

Losna
Artemisia
absinthium

GESTAÇÃO
LACTAÇÃO

Emenagoga, Neurotóxica e
Ocitocina

Mil Folhas
Achillea millefolium

 
GESTAÇÃO

Estimulante do Utero, Contraceptiva,

Abortiva e Emenagoga

Calendula
Calendula
officinalis

 
GESTAÇÃO

 
Emenagoga e Abortiva

Mirra
Commiphora myrra

GESTAÇÃO

Emenagoga e Abortiva

Capim Santo
Capim Limão
Cymbopogon
citratus

 
GESTAÇÃO

 
Relaxante do Útero

Erva de Santa
Maria,
Mastruço
Chenopodium
ambrosioides

 
GESTAÇÃO
LACTAÇÃO

 
Emenagoga, Abortiva e Alta
Toxicidade

Boldo
Coleus barbatus

GESTAÇÃO

Abortivo

Trombeteira
Datura stramonium

GESTAÇÃO

Abortiva e Toxica

Cavalinha
Equisetum arVense

GESTAÇÃO
LACTAÇÃO

Causa deficiência de Tiamina

Erva Doce
Foeniculum Vulgare
Miller.

 
GESTAÇÃO

 
Ação hormonal ,Emenagoga
e Abortiva

Hera
Hedera helix

GESTAÇÃO

Estimulante do Útero,
Abortivo

Hibisco
Hibiscus rosa 
sinensis

 
GESTAÇÃO

 
Emenagoga, Abortiva

Hiperico
Hypericum
perforatum

 
GESTAÇÃO

Emenagoga, Estimulante do
Útero e Abortiva

Camomila
Matricaria recutita

GESTAÇÃO

Emenagoga ,Relaxante do
Útero.

Espinheira  Santa
Maytenus
aquifolium

 
LACTAÇÃO

 
Redução do Leite

Poejo
Mentha pulegium

GESTAÇÃO

Emenagoga

Hortelã-Pimenta
Mentha piperita

 
GESTAÇÃO

 
Emenagoga e Teratogênica

Guaco
Mikania glomerata

GESTAÇÃO

Interfere na Coagulação
Sanguínea

Pessego
Prunus persica

GESTAÇÃO
LACTAÇÃO

Emenagoga, Abortiva,
Redução do Leite, Contem
Amidalina (Toxica)

Romã
Punica granatum

GESTAÇÃO

Emenagoga Estimulante do
Útero

Tansagem
Plantago major

GESTAÇÃO

Estimulante do Útero

Alecrim
Rosmarinus
officinalis

 
GESTAÇÃO

 
Abortiva

Tomilho
Thymus spp

GESTAÇÃO

Emenagoga

Ipê roxo
Tabebuia
impetiginosa

GESTAÇÃO

Abortiva, Teratogênica

Como foi possível observar através dos exemplos citados acima nas tabelas – interação medicamentosa e contraindicados, muitas plantas podem ter efeitos colaterais e adversos caso o uso não for o adequado. Por isso, cabe reforçar mais uma vez a importância do profissional estar bem informado para poder orientar o melhor fitoterápico em cada caso aos interagentes, pacientes ou clientes.

CONTRAINDICAÇÕES

A classificação de contraindicação repercute como meio de prevenir o organismo receptor sobre efeitos e causas que podem ser ocasionados com a interação dos fitoterápicos ou plantas medicinais, tendo em vista o estado do organismo e suas interações com demais substâncias.

Em relação à posologia cada faixa etária tem sua recomendação de dosagem baseando-se no nível toxicológico da planta, assim, tendo estipulado isso através da resolução 10/2010 recomenda-se que: crianças de 3 a 7 anos se forem utilizar, utilizem um quarto da dose utilizada para adultos. de 7 a 12 recomenda-se metade da dose e abaixo de 2 anos recomenda-se não utilizar, maiores de setenta deverão utilizar metade da dose adulta.

Segue abaixo tabela resumida de algumas plantas comuns no dia-a-dia com suas advertências, doses usuais e contraindicações:

Nome Popular /
Cientifico

 
Dosagem

 
Advertências

Bardana
(Arctium lappa L.)

raízes      secas
2,5 g     / água
q.s.p. 150 mL

Gravidez, lactação  e uso
recomendado para crianças acima
de 12 anos

 
Mil-em-rama.
(Achillea millefolium L.)

partes    aéreas
secas 1 – 2 g /
água q.s.p. 150
mL

Gastropatia. uso acima do
recomendados pode causar cefaleia
e inflamação. O uso prolongado
pode provocar reações alérgicas.
uso recomendado para crianças
acima de 12 anos

 
Arnica
(Arnica montana L.)

flores secas 3 g
/     água q.s.p.
150 mL

Não utilizar por via oral e em lesões
abertas. Não utilizar por um período
superior a sete dias e em
concentração acima da recomendada

 
Carqueja
(Baccharis trimera
(Less.) DC)

partes    aéreas
secas 2,5 g    /
água q.s.p. 150
mL

Gestantes e lactantes . Pode causar
hipotenção.  Evitar o uso
concomitante com medicamentos
para hipertensão e diabetes.
recomendado para crianças acima
de 12 anos

Laranja amarga
(Citrus aurantium L.)

flores secas 1 –
2 g    /       água
q.s.p. 150 mL

Não deve ser utilizado por
cardiopatas. Respeitar rigorosamente 

as doses recomendadas. Uso

recomendado para crianças acima

de 12 anos

 
Açafrão
(Curcuma longa L.)

rizomas secos
1,5 g    /    água
q.s.p. 150 mL

cálculos biliares.  obstrução dos
ductos biliares e úlcera
gastroduodenal. Não utilizar em caso
de tratamento com anticoagulantes

 
Alcachofra
(Cynara scolymus L.)

folhas secas 1
g        /        água
q.s.p. 150 mL

Contraindicado cálculos biliares e
obstrução dos ductos biliares. Não
utilizar em caso de tratamento com
anticoagulantes. uso recomendado
para crianças acima de 12 anos

Chapeu  de  couro
(Echinodorus
macrophyllus (Kunth)
Micheli )

folhas secas 1
g / água q.s.p.
150 mL

insuficiências renal e cardíaca. Não
utilizar em caso de tratamento com
antihipertensivos.

Anis-estrelado
(Illicium verum Hook
F.)

frutos secos 3 g
/    água    q.s.p.
150 mL

Não utilizar em gestantes e no
hiperestrogenismo. O uso pode
ocasionar  reações de hipersensibilidade

cutânea, respiratória e gastrintestinal.

 
Erva cidreira
(Lippia alba)

partes    aéreas
secas 1 a 3 g /
água q.s.p. 150
mL

Doses acima das recomendadas
podem causar irritação gástrica,
bradicardia e hipotensão.

Espinheira-santa
(Maytenus ilicifolia
(Schrad.) Planch. )

folhas secas 3
g / água q.s.p.
150 mL

Não utilizar em gestantes e lactantes

 
Hortelã  Pimenta
(Mentha x piperita L.)

folhas               e
sumidades
floridas    secas
1,5 g /     água
q.s.p. 150 mL

O uso é contraindicado para pessoas
com cálculos biliares e obstrução
dos ductos biliares, danos hepáticos
severos e durante a lactação.

 
Boldo  do  chile
(Peumus boldus
Molina)

folhas secas 1
– 2 g /    água
q.s.p. 150 mL

O uso é contraindicado para pessoas
com cálculos biliares e obstrução
dos ductos biliares, doenças
hepáticas severas e gestantes. Não
exceder a dosagem recomendada.

 
Quebra-Pedra
(Phyllanthus niruri L.)

partes    aéreas
secas 3 g      /
água q.s.p. 150
m

Não utilizar em gestantes.
Concentrações acima das
recomendadas podem causar
diarreia e hipotensão arterial.

 
Tanchagem
(Plantago major L.)

folhas secas 6
– 9 g /    água
q.s.p. 150 mL

Não deve ser utilizado em pacientes
com hipotensão arterial, obstrução
intestinal e por gestantes. Não engolir
o produto após o bochecho e gargarejo.
Não utilizar a casca dasemente.

 
Alecrim
(Rosmarinus officinalis
L.)

folhas secas 2
g água q.s.p.
150 mL

Não usar em pessoas com
gastroenterites e histórico de
convulsões. Não utilizar em gestantes.
Doses acima das recomendadas
podem causar nefrite e distúrbios
gastrintestinais. Não usar em pessoas
alérgicas ou com hipersensibilidade

ao alecrim.

 
Salgueiro
(Salix alba L.)

cascas           do
caule secas 3 g
/      água q.s.p.
150 mL

Não usar em caso de tratamento
com anticoagulantes, antiácidos,
corticóides e anti-inflamatórios não
esteroides. Não usar em pessoas com
distúrbios gastrintestinais e
sensibilidade ao ácido salicílico. Não
usar em gestantes e crianças.

 
Salvia
(Salvia officinalis L)

folhas secas 3
g     /          água
q.s.p. 150 mL

Não usar em gestantes e lactantes.
Não usar em pessoas com
insuficiência renal, hipertensão arterial
e tumores mamários estrógeno
dependentes. Não ingerir a preparação
após o bochecho e gargarejo.
Doses acima das recomendadas
podem causar
neurotoxicidade e hepatotoxicidade

Assa Peixe
(Vernonia polyanthes
Less)

folhas secas 3
g água q.s.p.
150 mL

Não deve ser utilizada por gestantes
e lactantes.

 
Gengibre
(Zingiber officinale
Roscoe)

rizomas secos
0,5 – 1 g água
q.s.p. 150 mL

O uso é contraindicado para pessoas
com cálculos biliares, irritação gástrica
e hipertensão arterial. Não usar em caso
de tratamento com anticoagulantes. 

Não usar em crianças.