
Curso Constelação Familiar Sistêmica
AS ORDENS DE AJUDA
As Ordens da Ajuda
Primeira das ordens da ajuda
A primeira das ordens de ajuda trabalha diretamente o equilíbrio na hora de dar. É preciso que se entregue apenas aquilo que carregamos por hora. Dessa forma, devemos pegar o suficiente e sempre entregar o que podemos.
Precisamos conhecer nossos limites e, ainda que tenhamos boas intenções, é preciso nos afastar. Caso contrário, as seguintes atitudes podem ocorrer:
Querer doar mais do que é possível dar
Como dito acima, a sua intenção pode ser muito nobre, mas há limite para tudo. Existem circunstâncias onde deixamos de fazer algo por nós para fazermos pelo outro. Mesmo que pareça egoísmo, devemos focar primeiramente em nós, reunirmos recursos e só então ajudarmos os outros.
Criar expectativas não correspondidas
Ninguém é obrigado a atender as exigências que fazemos ou guardamos dentro de nós. Expectativas servem apenas para construir uma imagem idealizada que aproxima alguém da perfeição. Infelizmente, quando isso não é respeitado, a frustração se torna real.
Segunda das ordens da ajuda
A segunda das ordens da ajuda fala a respeito do poder de compreender o contexto de uma situação. De acordo com ela, seu uso correto nos faz conhecer nossos limites e alimentar a humildade de não ultrapassá-los. Fazer uma análise do momento e entregar apenas aquilo que carrega, sem recorrer a recursos que não tem.
Fugindo disso, corremos o risco de esconder ou ignorar a realidade. Sem contar que a insistência prejudica não só o outro, mas a você também.
Portanto, entenda o momento de agir e não fazer nada, sendo humilde nas suas próprias escolhas. Essa sabedoria não vai desperdiçar o seu tempo e energia.
Terceira das ordens da ajuda
A maturidade faz parte das ordens de ajuda, tanto ao outro, como a nós mesmos. Precisamos assumir uma postura mais adulta e fazer o outro agir de acordo com ela no relacionamento. Por exemplo, você não deve acatar desejos infantis ou mesmo concessões em favor do outro. O mesmo deve entender que a vida é feita por responsabilidades e que não devem ser ignoradas.
Por isso que, quando formos ajudar alguém, devemos tratá-lo como o adulto que é. O mesmo deve reconhecer seu próprio potencial sem interferências e trabalhar para conquistar qualquer mudança. Isso vai amadurecê-lo e deixá-lo mais consciente, fazendo com que entenda o quão longe pode ir.
Quarta das ordens da ajuda
A quarta das ordens da ajuda nos move a olhar para as pessoas de maneira completa, sistêmica, e não de forma isolada. Além do próprio indivíduo, devemos assistir sua relação com quem está próximo, especialmente a família. Em relação a eles, devem ser acolhidos com a mesma atenção dada ao cliente. Caso o contrário, isso acaba por:
Resultar em desprezo
Se apenas um indivíduo for assistido, a chance de reabilitação dele fica comprometida. O desprezo em relação às pessoas importantes de sua família vai impedir que se olhe de forma mais profunda para qualquer pessoa. Isso é como cortar o passado de alguém e deixá-lo sem impressão digital.
Ignorar soluções
Às vezes, a solução para o problema de relação em uma pessoa se encontra em um familiar distante. Se isso é ignorado, a possibilidade de ajudar uma pessoa cai drasticamente.
Ignorar sua infantilidade
Ignorar comportamentos infantis implica de forma direta na limitação do desenvolvimento dessa pessoa. Com isso, impedimos que o empoderamento chegue até ela, fazendo com que não cresça e amadureça.
Quinta das ordens da ajuda
Por fim, a última das ordens da ajuda nos convida a respeitarmos a história de cada pessoa. Devemos amá-las sem impedimentos e da forma verdadeira como elas são, entendendo os caminhos que tomaram em suas vidas. Se assim for feito, fica mais claro entender as necessidades desse indivíduo pela ótica dele e dos parentes.
Ademais, isso vai fazer com que tenha outras perspectivas sobre qualquer problema e ficará mais fácil enfrentar dificuldades e resolvê-las rapidamente. Portanto, precisamos evitar as reprovações, julgamentos contínuos, desprezo moral e críticas.
Considerações finais sobre as ordens do amor e ordens da ajuda
As ordens do amor e as ordens da ajuda servem de pilares para que possamos viver de forma adequada. Mesmo que você não seja um psicoterapeuta, isso acaba filtrando o contato que tem com o mundo externo. Você aprende a ser solidário, amoroso, atencioso e companheiro na medida certa, sem exageros ou faltas.
Tenha em mente que, por mais que queira a felicidade de alguém, ela está entregue a outras constantes na vida. Isso significa que você não tem poder pleno sobre o bem-estar dela e nem deve querer assumir essa responsabilidade.
A partir dessas influências externas, tal indivíduo terá mais ingredientes para amadurecer e se tornar um adulto completo.