
Curso Constelação Familiar Sistêmica
O QUE É CONSTELAÇÃO FAMILIAR?
O que é Constelação Familiar?
Somos influenciados pelos nossos familiares desde o berço. A forma como nossos pais, irmãos, tios, entre outros, cuidam de nós e nos ensinam a fazer as coisas pode ditar o rumo dos nossos comportamentos, autoconfiança e atitudes futuras. O problema é que nem todas as influências são positivas.
As influências negativas podem ser a origem de traumas, medos e comportamentos que prejudicam o nosso crescimento. A Constelação Familiar é uma forma de compreender profundamente a relação com os nossos familiares e encontrar respostas para algumas dúvidas.
A Constelação Familiar busca nos mostrar como, inconscientemente, somos levados a repetir comportamentos e ações comuns de nossos grupos familiares. Para Hellinger, isso faz parte do convívio, mas também da necessidade de pertencer ao grupo e pelo amor aos nossos familiares.
Como funciona a Constelação Familiar?
Para exemplificar o método, Bert Hellinger explica que essa repetição de comportamentos em grupos de familiares por gerações se deve a alguns fatores, são eles:
A necessidade de pertencer ao grupo familiar, então por mais que não queira, você acaba tendo certos comportamentos porque precisa se assemelhar aos seus familiares, tomar atitudes diferentes lhe trariam um afastamento dos demais e a sensação de que você não pertence ao grupo.
A necessidade de prover equilíbrio nos relacionamentos, os comportamentos também são repetidos para que as relações familiares se mantenham em equilíbrio.
A hierarquia familiar, que seria a obrigação que sentimos de respeitar os nossos pais, os nossos irmãos mais velhos, os nossos tios, os nossos avós e por aí vai. O método é aplicado por um Constelador Familiar. Quando um cliente busca ajuda nesse método, ele apresenta um tema para ser trabalhado nas sessões.
Com isso, o constelador irá solicitar informações sobre os membros da família, e pedir para que a pessoa conte fatos importantes do seu grupo familiar ao longo das gerações, como por exemplo, possíveis casos de assassinatos, roubos, mortes precoces, problemas de relacionamentos, graves doenças, entre outros.
Com estas informações, o constelador familiar pede para que a pessoa escolha um ou alguns membros da família que representem o grupo familiar e com isso o profissional pode começar a relacionar a vivência dos membros da família com o cliente.
E assim dentro das necessidades que temos perante o nosso grupo familiar e das “ordens do amor” definidas por Hellinger, o constelador busca descobrir junto com o cliente, quais foram os efeitos negativos que ele adquiriu por influência de sua família.
A partir dessa descoberta, são traçadas soluções para que o cliente e os membros de sua família possam conviver melhor, tendo um relacionamento mais saudável, duradouro e como mais poder de resiliência.
O QUE É PLASTICIDADE?
A PLASTICIDADE DE BERT HELLINGER
Bert se espelhou para criar o Sistema de Constelações familiares
O que é Plasticidade ou neuroplasticidade e qual a sua relação com a psicoterapia?
Por muitos anos, acreditava-se que, após o desenvolvimento do sistema nervoso central, essa estrutura se tornava rígida e qualquer alteração na região seria de caráter permanente. No entanto, com a descoberta da neuroplasticidade, foi possível compreender que até um cérebro adulto é capaz de ter algumas células reconstituídas.
O conceito de plasticidade neural ainda é muito estudado pelos
neurocientistas. O que se sabe até agora é que a sua aplicação é bem diversa, podendo ser utilizada no tratamento de doenças neurodegenerativas, nos procedimentos fisioterapêuticos e até mesmo na psicoterapia.
Quer entender melhor do que se trata esse termo? Então acompanhe este artigo e descubra qual é a relação da neuroplasticidade com a psicoterapia!
O que é neuroplasticidade?
A neuroplasticidade é a capacidade que o cérebro tem de aprender e se reprogramar. Essa competência está presente nas células nervosas e permite que todo o sistema nervoso consiga se adaptar a determinadas situações, como traumas e lesões.
Antes de aprofundar no tema, vamos lembrar que o principal mecanismo do sistema nervoso são as sinapses, que nada mais são que a conexão de dois ou mais neurônios para enviar ou receber informações trocadas entre todo o corpo e o córtex cerebral.
Esse padrão sináptico pode ser remodelado por meio de pensamentos, emoções, adaptações ao ambiente, entre vários outros fatores.
Sendo assim, a plasticidade neural permite que novas sinapses sejam realizadas, modificando essa rede de comunicação neuronal. É por meio dessas alterações que é possível superar um trauma vivido há anos, com o acompanhamento da psicoterapia, por exemplo.
A neuroplasticidade também pode acontecer por brotamento.
Nesse caso, em regiões lesionadas, pode ocorrer o alongamento dos axônios de alguns neurônios, chegando aos dendritos e aos corpos celulares de outros neurônios, promovendo a sinapse. Desse modo, as funções relacionadas a essa área danificada pode ser reativada, ainda que com uma certa limitação.
É importante ressaltar que a neuroplasticidade é muito comum na infância, período no qual um indivíduo está passando tanto pelo desenvolvimento pessoal, adquirindo conhecimentos e hábitos sociais, quanto pelo cerebral, em que algumas partes do sistema nervoso ainda estão em construção.
Por conta disso, é natural que crianças desenvolvam hábitos, sua própria personalidade, habilidades, entre outros fatores. Ao que tudo indica, quando um indivíduo atinge a vida adulta, por volta dos 20 anos, o seu sistema nervoso já está totalmente construído. A novidade aqui é que a neuroplasticidade não deixa de ocorrer mesmo após essa faixa etária.
Qual é a importância da neuroplasticidade?
A importância da neuroplasticidade se dá pelo fato de que ela estimula a adaptação do cérebro às mais variadas situações. Isso faz também com que um indivíduo não perca totalmente a sua capacidade de realizar determinadas tarefas, mesmo que algumas áreas de seu sistema nervoso estejam lesionadas.
Usando como exemplo uma pessoa que perdeu a audição depois de uma certa idade — isto é, ela nasceu com esse sentido, mas, por algum motivo, essa situação foi alterada. Ao passar por esse trauma, ela precisa começar a compreender a sua realidade sem os estímulos auditivos. A neuroplasticidade é um dos processos internos que ocorrem para promover essa adaptação.
O processo de plasticidade neural é ainda mais estimulado quando determinadas áreas do corpo humano sofrem lesões, como no caso do Acidente Vascular Encefálico (AVE). Nesse caso, a recuperação do indivíduo também é condicionada pela neuroplasticidade.
Eventos traumáticos também podem gerar distúrbios psicológicos, como a Síndrome do Pânico e demais transtornos de ansiedade. Estimulando a neuroplasticidade é possível auxiliar uma pessoa a enfrentar esses problemas e minimizar os seus efeitos em sua vida.
Outra aplicação interessante da plasticidade neural é a de desenvolver novos hábitos e substituir antigos. Pessoas que têm dependência química, por exemplo, podem se livrar do vício ao receber a devida assistência psicológica e aprender a reprogramar os seus costumes.

Qual a relação entre a neuroplasticidade e a psicoterapia, ligada ao trabalho de Bert?
É justamente essa a principal relação entre a neuroplasticidade e a psicoterapia: por meio do acompanhamento psicológico, é possível incentivar padrões que levam à plasticidade neural e ajudam no tratamento de diversas doenças que afetam o sistema nervoso ou o estado emocional de uma pessoa.
Por exemplo, a neuroplasticidade pode ser útil na restauração cognitiva de indivíduos que sofreram problemas motores ou de memória, principalmente derivados de alguma lesão no sistema nervoso, seja central seja periférico. Nesses casos, a psicoterapia e a fisioterapia são grandes aliadas na recuperação do paciente e na promoção de qualidade de vida.
Outros transtornos podem ser tratados dessa maneira, como a depressão e a ansiedade. Afinal, a adoção de hábitos saudáveis é um dos métodos utilizados para a redução do efeito dos sintomas, promovendo a melhoria do humor e do bem-estar.
Como visto, a plasticidade neural trabalha também na formação de hábitos. Na prática, isso ocorre como se estivéssemos ensinando o nosso cérebro a como se comportar melhor.
Com isso, é possível adaptar o paladar e se acostumar com o gosto de alimentos saudáveis e reduzir o consumo de produtos com grande quantidade de sódio ou açúcar, por exemplo — o que favorece a saúde física e o estado nutricional do paciente, melhorando também condições de transtornos alimentares.
Além disso, com a psicoterapia, é possível trabalhar padrões de pensamento para evitar gatilhos que geram crises ou alteram drasticamente o humor de uma pessoa, como casos de transtorno de Borderline ou de bipolaridade.
A terapia cognitivo-comportamental é uma das áreas da psicologia que mais trabalham com a plasticidade neural, ao compreender a maneira que o paciente observa os fatos que ocorrem em sua vida e estimulando-o a ressignificar diversas situações. Desse modo, isso leva o indivíduo a criar padrões de pensamento e de comportamento que o ajudam a chegar a um objetivo, como ter mais equilíbrio e inteligência emocional no dia a dia.
Os conceitos da plasticidade neural podem ser aplicados em diversas áreas, como no desempenho de atletas, diminuição de dores crônicas, técnicas de aprendizagem, melhoria na convivência de ambientes corporativos, prevenção do envelhecimento cerebral, entre muitas outras.
Desse modo, aprender mais sobre a neuroplasticidade é uma maneira de aprimorar diversas técnicas de psicoterapia e auxiliar no tratamento e no acompanhamento psicológico dos pacientes. Afinal, os processos cognitivos e comportamentais de um indivíduo nada mais são do que padrões neurológicos e respostas ao ambiente em que estão inseridos. Ao compreendê-los, é possível promover mais bem-estar e qualidade de vida para inúmeras pessoas.