Desde os tempos esquecidos, os homens visam na natureza meios para ter uma melhor condição de vida, ampliando suas possibilidades de sobreviver.
A utilização das plantas como forma alimentar sempre se fez e a esta prática se vinculou a procura de material para a fabricação de vestes e utensílios, além de sustento para o calor da fogueira.
De fato, diversos autores alegam que plantas aceitas pelas pessoas como uma variedade que tem aproveitamento medicinal, isto e, que possui certas particularidades que são usadas para suprimir ou prevenir estabelecidas enfermidades. Tal vegetal e apontado pelas pessoas como curativo caso seja conveniente na precaução ou terapia de uma enfermidade como também na redução de um traço patológico.
A utilização de plantas medicinais, universalmente e um dos entendimentos ancestrais mais presentes, não importando o meio cultural ou social que seja considerado, ainda hoje e existente a utilização de plantas como recurso terapêutico. Botsaris (1997) afirma que, desde 1950, com o crescimento da indústria farmacológica, a utilização de produtos fitoterápicos para prevenir enfermidades e preservar a saúde foi menosprezada.
Começou a ter valor medicinal reconhecido apenas a partir da década de 1980, contribuindo definitivamente para a inserção da abordagem fitoterápica na saúde pública.
Em 1978 a Organização Mundial de Saúde (OMS) definiu planta medicinal como “qualquer planta que contenha em um ou mais de seus órgãos substâncias que possam ser utilizadas com finalidade terapêutica, ou que seus precursores sejam utilizados para a semi-sinteses quimico-farmaceutica.
Qualquer planta tem seu arquétipo energético distinto, que permanece praticamente o mesmo exceto em algumas variações no ciclo vital e sazonalidade. As plantas recebem as influências de certos corpos celestes, como do Sol e da Lua assim a energia das plantas pode ser considerada quase como energia inseparável. Uma prova dessa verdade e a efetividade dos fármacos homeopáticos com várias dinamizações.
Em seu preparo, os fragmentos das ervas são diluídos progressivamente muitas vezes e um tanto da energia sutil da planta e retirada e surpreendentemente conforme mais dinamizada, mais forte e a sua ação.
A consequência e um remédio composto especificamente de forças energéticas, que não agem quimicamente no corpo, mas atuam a partir da energia sutil das ervas.
Já os princípios ativos das plantas medicinais e consequentemente dos fitoterápicos são substâncias ou grupos delas, quimicamente caracterizadas, cuja ação farmacológica e conhecida e responsável, total ou parcial, pelos efeitos terapêuticos do produto fitoterápico.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos.
HISTÓRICO
O uso das plantas medicinais, desde a sua origem, estava ligado a uma possibilidade de livrar-se de doenças e até mesmo curá-las. Para os animais e pássaros, sempre foi instintivo o ato de curar-se com ervas e, percebendo os mesmos, o homem começou a perceber o potencial curativo e utilizar das plantas medicinais também, pois até então sua alimentação tinha base na pesca e na caça, além de suas colheitas de raízes, sementes e frutos se atentando as ervas nocivas.
Por muito tempo a doença era vista como uma adversidade em que se lutava contra com remédios e seus efeitos desconhecidos e enigmáticos.
A interpretação da sociedade em relação aos mesmos foi se modificando com o passar do tempo, desde interpretações de natureza material a inspirações na magia.
O demonismo reconhecia a doença como manifestação de espíritos e demônios que tomavam posse dos homens, julgando o maleficio ou benefício dos remédios pela presença ou não de demônios nas substâncias contidas nos mesmos.
Já o animismo, sucedido do demonismo e presente na concepção do povo mesopotâmico (3000 a 2400 aC), via o homem como servo dos deuses e a doença, nesse meio, como um pecado que deveria ser purificado.
No papiro de Ebers, datando 1500 aC, fazem-se prescrições com 700 drogas exóticas e locais em 800 fórmulas, dentre elas: coentro, mirra, azeite, romã, incenso, papoula e rícino; elas eram piladas e então cozidas no leite, na cerveja ou no vinho para tratar de doenças diversas. Além disso, os elementos mágicos estavam menos presentes no Egito em relação a Mesopotâmia.
Em paralelo ao exemplo ocorrido no Egito, o povo sumério, perto do terceiro milênio a.C., obtinha saberes que foram ensinados para a raça humana por meio da escrita cuneiforme, chapas de argila. Inúmeras receitas dessas placas foram interpretadas, como a utilização da beladona, fonte de atropina; do cânhamo da Índia denominado Quinabu, a Cannabis sativa L. reconhecida para dores, aflições, sofrimentos em geral, bronquite e insônia.
Plantas como o ginseng, cinamomo, podofilo, efedra e ruibarbo eram muito usadas na China, no tempo de ShenNung (2000 aC), e se avaliavam os seus valores medicinais entre outras 350 plantas a mais.
Existem referências a Mandragora, planta magica usada como anestésico em cirurgias ainda que fosse reconhecida sua toxidez, em inúmeras obras, datadas da Idade Média.
Sua raiz com representação de figura humana e bifurcada, recordando duas pernas, através da Teoria das Assinaturas, colaborou muito para a popularidade de planta mística e afrodisíaca.
Paracelso em “Paraminum”, um de seus inúmeros escritos alquímicos, disserta sobre a sua teoria das assinaturas ou teoria dos sinais, que segundo tal cada coisa da natureza, animado ou não, leva em si características visíveis e invisíveis de similaridade, assim sendo, tudo no universo se encontra estreitamente relacionado consigo, mesmo que cada uma de suas frações, desde as mais diminutas células as grandes estruturas, desde o átomo até os corpos celestes, permeia-se de uma única e mesma essência, percebível exclusivamente aos olhos hábeis dos iniciados, treinados a “ler” está escrita divina.
Baseado nisso, Paracelso amplificou a tese de que determinadas plantas, conforme aparência externa de suas folhas seriam uteis preferencialmente ao tratamento de afecções de determinados órgãos, por corresponderem ao formato anatômico destes, uma vez que a saúde nada mais e que uma condição de respeito pela harmonia inerente ao Universo, em virtude de que todo médico necessitaria regrar-se em sua abordagem terapêutica pelo grande princípio “Simila Similibus Curantur”, ou seja, “Semelhante cura semelhante”.
Receitar nozes, por exemplo, faria bem ao sistema nervoso, por sua semelhança com o cérebro; feijões preferencialmente seriam protetores de nossos rins.
A vinda de Hipócratés e seus discípulos modificaram a visão sobre a doença, não a vendo mais com a influência das vontades dos deuses, mas com sua possível identificação pela medicina e tratamento com remédios naturais; eles não só examinavam a natureza, mas também buscavam interpretações de seus fenômenos afastando-se, gradativamente, das influências magicas. Além do mais, Hipócratés também fez inventários de diversas drogas de princípios vegetais.
Dois fundamentos foram criados pelo pai da medicina, Hipócratés (460 a 361 aC), relacionados a arte de curar, o primeiro: o corpo possui a capacidade de curar as doenças e o médico apenas auxilia nesse processo; já o segundo fala sobre os medicamentos e acredita-se que podem seguir duas linhas:
1) o oposto traz a cura, trazendo a essência da alopatia, e 2) igual cura igual, com a essência da homeopatia.
A fitoterapia, nesse contexto, e uma ramificação da ciência médica alopática fazendo uso de plantas medicinais com o intuito de curar enfermidades.
Outra figura importante na história foi Teofrasto. Ele viveu entre 370 e 286 aC e era um cientista, filosofo, sucessor de Aristóteles e considerado “o pai da farmacognosia” e “o pai da botânica”; trouxe a importância dos aspectos farmacológicos e farmacêuticos de plantas como: cássia, timo, mirra, mentrasto, entre outras.