
A Crise de Cura
Como os Florais trabalham no plano sutil, pode haver, em algum momento do tratamento, uma exacerbação dos sintomas, sejam físicos ou emocionais. Isso é chamado de “crise de cura” — a essência está atuando e trazendo para a consciência as emoções subjacentes à doença.
Nesse período, haverá a confrontação de sentimentos dolorosos para o desbloqueio. É importante que a pessoa seja orientada a observar seus sentimentos e pensamentos durante o período do uso dos florais. Os sonhos podem ser igualmente uma fonte importante de informações nesse período.
Durante a crise de cura, o paciente pode ter sentimentos de desamparo, cabendo ao terapeuta apoiá-lo ou, quando for o caso, remetê-lo ao profissional competente da Medicina ou da Psicologia.
Autoprescrição ou Consulta a um Terapeuta
Os Florais de Bach — e todos os demais florais — não são “remédios” no sentido tradicional da palavra. Eles não são trabalhados em laboratórios como os tradicionalmente conhecidos e não contêm produtos químicos. Se analisados pelos equipamentos de laboratório de que dispomos, serão encontrados os compostos da água e do conservante (brandy, vinagre de maçã ou glicerina vegetal).
Diferentemente das tinturas e dos remédios alopáticos, as essências florais não causam danos ao físico. Elas não interferem nos sintomas, como os remédios alopáticos. Trabalham no plano da consciência, desbloqueando e liberando as “causas” da doença. Trabalham o campo energético do doente, e não a doença. Seu efeito sobre a doença é indireto.
A ideia do Dr. Bach era dotar a humanidade de um instrumento de autocura. Mas a autoprescrição pode se tornar difícil.
Quando se começa a trabalhar com as essências florais, há uma tendência a uma profunda autoidentificação com itens de todo o kit, e a pessoa se vê desejando tomar todos os florais. Outra dificuldade é a incapacidade de se ter objetividade na escolha, em função de nem sempre termos o autoconhecimento necessário que possibilite uma percepção realista do problema. Em situações emocionalmente carregadas, isso se torna particularmente problemático, porque a emoção tanto pode tingir os nossos “óculos da vida” de cor-de-rosa como do negro mais profundo.
Nesses casos, ou quando a autoprescrição não surtir o efeito desejado, o procedimento correto é procurar um praticante experiente de Terapia Floral.
As Essências Florais, embora constituam uma poderosa ferramenta de cura, não são a panaceia universal.
Muitos esperam que, de uma forma “mágica”, haja uma transformação de “energia negativa em positiva”, e todos os seus problemas sejam resolvidos com um único frasco.
Há casos onde a atuação do floral se faz sentir quase de imediato, mas há outros em que são necessários vários meses, muitos compostos, auto-observação, paciência e confiança no processo, para que os bloqueios ou tensões sejam desfeitos e a cura aconteça.
Cuidados Especiais
O Terapeuta Floral que não seja um profissional qualificado da área da saúde deve tomar especial cuidado no sentido de não interferir em tratamentos médicos ou psicoterapêuticos a que o seu cliente venha se submetendo.
A Terapia Floral não interfere com outros tratamentos médicos — ortodoxos ou não — e pode facilitar enormemente os processos psicoterapêuticos pela liberação de padrões indesejáveis como o medo, a culpa, o ódio, a inveja, o ressentimento, a falta de afirmação, de autoconfiança e muitos outros. Embora o tratamento com a essência floral não vá trazer prejuízos físicos a ninguém, determinados pacientes não devem ser tratados por terapeutas não qualificados na área da saúde.
Incluem-se nessa categoria:
• Pessoas com problemas sérios de saúde ou cuja constituição sensitiva cause problemas de saúde;
• Pessoas que expressam suas emoções e conflitos apenas como somatização e que estão permanentemente doentes por não saberem expressar esses sentimentos, o que é feito pelo corpo por meio da doença;
• Pessoas que não querem mudar porque a doença lhes traz o que a psicologia chama de “ganhos secundários”, isto é, a obtenção, mediante o padrão doentio, da atenção e do afeto que não teriam sem ele; ou, ainda, que usam a doença para manipular e controlar os outros;
• Pessoas viciadas em qualquer tipo de substância viciante.
Essas pessoas não responderão à Terapia Floral, a menos que sejam feitos, em paralelo, outros tratamentos, em especial o psicoterapêutico.
Em hipótese alguma devem ser prescritas essências para pessoas que não estão pedindo ajuda.
Por outro lado, há aquelas que pedem um composto para a sua amiga, seu marido, familiares ou amantes, composto este que pretendem lhe ministrar secretamente. Este é um procedimento invasivo e antiético, e os praticantes da Terapia Floral devem, de forma gentil mas firme, recusar-se a atendê-las.
Bloqueios ao Funcionamento da Terapia Floral
Cânfora, álcool, cafeína, tabaco, dieta pobre, hortelã/mentol, perfumes fortes e odor de alho devem ser evitados quando se está fazendo a Terapia Floral. Essas substâncias irritam ou superestimulam os planos da energética sutil e reduzem — e até anulam — seus efeitos.
Meditação nas Flores
Uma prática recomendável para quem deseja trabalhar com as Essências Florais é meditar nas flores usando gotas do frasco de estoque em um copo d’água que é ingerido lentamente. O foco pode ser mantido com uma vela acesa cuja chama se contempla. Os efeitos do remédio devem ser sentidos na consciência, sendo importante que se mantenham anotações sobre os resultados.
O Uso da Luz para Potencializar as Essências Florais
Certos terapeutas que fazem a manipulação das essências utilizam, algumas vezes, a luz para potencializar os efeitos delas. Um exemplo é trabalhar os Florais de medo imaginando uma luz azul se formando no coração e se irradiando pelas mãos até o frasco, preenchendo-o.
Os praticantes de Reiki — Sistema Usui de Cura Natural — podem igualmente potencializar as essências com os métodos ensinados por seus Mestres nos primeiros e segundo níveis